Dois torcedores do Colo-Colo, uma jovem de 18 anos e um adolescente de 13, morreram na noite de quinta-feira (10), nas proximidades do Estádio Monumental, em Santiago, no Chile, momentos antes da partida contra o Fortaleza pela Copa Libertadores. As mortes ocorreram durante um tumulto envolvendo tentativa de invasão ao estádio por parte de torcedores chilenos, seguido de confronto com a polícia local.
A confusão teve início pouco após o começo do jogo, válido pela segunda rodada da fase de grupos. De acordo com a imprensa chilena, a entrada do estádio foi palco de forte tensão, e, segundo o promotor Francisco Mores, os adolescentes foram esmagados durante o tumulto. “O que se sabe é que uma das barras esmagou esses dois jovens com um peso maior. Está sendo investigado se um carro da polícia esteve envolvido na morte”, afirmou.
Dentro do estádio, torcedores do Colo-Colo invadiram o campo em protesto, forçando a suspensão da partida após 73 minutos de bola rolando. A Conmebol cancelou oficialmente o jogo.
A tragédia gerou forte repercussão. A Associação Nacional de Futebol Profissional do Chile (ANFP) lamentou as mortes e pediu ações urgentes diante da “crise de segurança” no futebol chileno. O presidente da Fifa, Gianni Infantino, também se pronunciou: “A FIFA condena decididamente os atos de violência ocorridos. A violência não deve ter lugar no futebol”, declarou em suas redes sociais.
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) emitiu nota lamentando as mortes e informou que encaminhou um pedido à Conmebol para que o Fortaleza seja declarado vencedor por 3 a 0, com base no Código Disciplinar (artigo 6, item 3, “g” e 24), responsabilizando o clube mandante pelos acontecimentos.
O Fortaleza, por sua vez, também se manifestou, lastimando os fatos e reforçando que seu departamento jurídico atua para garantir que as medidas previstas no regulamento sejam aplicadas, “para que, de maneira pedagógica, incidentes como esse não se repitam”.