Na manhã desta quinta-feira (14), agentes da Polícia Federal de Marília prenderam Felipe Guedes da Silva, de 31 anos, condenado a 21 anos e nove meses de prisão em regime fechado pelo assassinato de seu enteado, Arthur Miguel Monteiro Lopes, de um ano e três meses, ocorrido em setembro de 2019.
A prisão ocorreu sem resistência enquanto Felipe saía de casa, no bairro Nova Marília, e foi formalizada na Central de Polícia Judiciária (CPJ).
Após decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), o soldador estava em liberdade desde o ano passado, mas um novo mandado de prisão preventiva foi expedido pela 1ª Vara Criminal de Marília em 16 de outubro deste ano. Felipe ainda recorre da condenação.
Detalhes do Crime
De acordo com a investigação, Arthur morreu por traumatismo cranioencefálico em circunstâncias inicialmente obscuras. Felipe, então namorado da mãe da criança, alegou que o acidente ocorreu enquanto tomava banho e deixou o menino em um colchão na sala. Ele afirmou ter ouvido um barulho e, ao sair do box, encontrou a criança no chão, a colocou no sofá e retomou o banho. Mais tarde, notou que Arthur não respirava bem e chamou o Samu e os Bombeiros, sendo levado por um vizinho ao Pronto Atendimento da zona sul.
No entanto, um laudo médico contestou a versão, apontando que a queda descrita não explicava as lesões graves. O legista concluiu que a ação que causou a morte tinha características de homicídio, e a investigação confirmou que os ferimentos não condiziam com a versão de Felipe, único adulto presente na casa. O acusado já possui histórico de crimes como roubo e tentativa de homicídio.