A Polícia Civil prendeu oito pessoas suspeitas de envolvimento em desvios milionários na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Bauru (SP). A operação, realizada nesta terça-feira (3) pelo Setor Especializado de Combate aos Crimes de Corrupção, Crime Organizado e Lavagem de Dinheiro (Seccold), cumpriu nove mandados de prisão e 18 de busca e apreensão.
Entre os presos estão familiares da ex-secretária executiva Cláudia Lobo, desaparecida em agosto, e o ex-presidente da entidade, Roberto Franceschetti Filho, já preso por suspeita de assassiná-la. Os investigados enfrentam acusações de peculato, lavagem de dinheiro e associação criminosa.
Segundo o delegado Glaucio Stocco, recursos públicos destinados à Apae foram desviados em esquema envolvendo funcionários e dirigentes. Durante a operação, foram apreendidos veículos, joias, dinheiro e armas. Além disso, houve bloqueio de bens dos envolvidos.
O caso de homicídio segue em investigação paralela. Cláudia teria sido morta por Roberto dentro de um veículo da entidade. As buscas pelo corpo continuam, e elementos como vestígios de ossos e objetos pessoais foram encontrados. A motivação envolveria disputa de poder e irregularidades financeiras na entidade.
A Justiça já aceitou as denúncias, e a primeira audiência está marcada para janeiro.