Marília perdeu na tarde desta quarta-feira (11) a professora e historiadora Rosalina Tanuri, aos 94 anos. Autora de obras que eternizaram a memória da cidade, ela foi uma das principais vozes na preservação da história mariliense.
Nascida em Rincão, Rosalina chegou a Marília ainda criança. Escreveu sobre a transformação da “cidade menina” em seus livros, como Marília, no Tempo e na Saudade (2001), Marília, chão do nosso amor (2003) e Índios Kaigang ou Coroados. Em 2015, teve seus textos reunidos na coletânea Marília, Feitos e Festas.
Durante anos, publicou a coluna dominical “Raízes” no extinto jornal Diário. Nela, narrava histórias de entidades, personagens e fatos marcantes da cidade com seu estilo afetivo e detalhista.
Formada em Geografia com licenciatura em Administração, e com conhecimentos em Economia e Estatística, lecionou por 25 anos em escolas públicas e particulares. Também atuou como secretária municipal de Cultura e Turismo entre 1989 e 1992.
Foi membro honorária da Comissão de Registros Históricos da Câmara desde 1987. Em 1996, recebeu o título de cidadã mariliense. Na semana passada, mesmo com a saúde debilitada, foi homenageada na 38ª Noite dos Pioneiros, do Rotary Clube Marília-Pioneiro, do qual foi fundadora.
O sepultamento ocorreu no Cemitério da Saudade. Viúva, Rosalina deixa dois filhos e um legado imensurável para a história e cultura de Marília.
