Um relatório de transição de governo divulgado pela equipe do prefeito eleito, Vinícius Camarinha (PSDB), trouxe à tona um diagnóstico preocupante sobre a saúde pública de Marília. O documento detalha filas extensas, deficiências estruturais e desafios administrativos que demandarão ações imediatas por parte da nova gestão.
Fila por exames e consultas aumenta alerta
O levantamento revela que mais de 13 mil pessoas aguardam a realização de exames de raio-x, o que compromete diagnósticos precoces e o início de tratamentos. Na área de saúde mental, a situação também é grave, com cerca de seis mil pacientes à espera de atendimento.
Especialidades como dermatologia, ortopedia e otorrinolaringologia acumulam filas que ultrapassam 18 mil pacientes. A demora preocupa, pois pode levar ao agravamento de condições clínicas que exigem intervenções rápidas.
Estrutura deficiente e recursos limitados
O relatório destaca ainda problemas estruturais em Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e postos de saúde. Com a capacidade de atendimento sobrecarregada, profissionais relatam dificuldades operacionais e longos tempos de espera para os pacientes.
Infiltrações, falta de manutenção e equipamentos defeituosos são problemas recorrentes, que impactam negativamente o funcionamento e a qualidade do atendimento.
Gestão de contratos em xeque
A gestão de contratos também foi apontada como uma área crítica. O relatório cita atrasos em licitações e a prorrogação de contratos por liminares judiciais, o que afeta o fornecimento de medicamentos e materiais essenciais. Casos emblemáticos incluem contratos não renovados com empresas de manutenção de equipamentos médicos, elevando o risco de desabastecimento e interrupção de serviços.
Propostas para soluções
Entre as recomendações apresentadas no documento, destacam-se:
- Realização de mutirões para reduzir filas de exames e consultas.
- Modernização das unidades de saúde básica.
- Contratação de mais profissionais para ampliar a capacidade de atendimento.
- Reforço na fiscalização de contratos para evitar falhas e melhorar a gestão.
- Ampliação de parcerias com clínicas privadas e programas de telemedicina para agilidade nos diagnósticos e tratamentos.
Próximos passos
“Os desafios são imensos e teremos muito trabalho pela frente, mas com planejamento e dedicação conseguiremos diminuir essas filas e garantir um cuidado digno ao cidadão mariliense”, afirmou a médica Paloma Libanio, que assume a Secretaria de Saúde nos próximos dias.
A nova administração terá como prioridade implementar as mudanças sugeridas no relatório, reorganizando o sistema de saúde para melhorar o acesso aos serviços e atender às demandas da população.