O Tribunal do Júri de Marília divulgou, nesta quinta-feira (27), o veredicto sobre o julgamento do homicídio de Cícero Máximo da Silva, ocorrido em abril de 2022 no Jardim Marajó, na zona sul da cidade. A sessão resultou na absolvição da mulher acusada de envolvimento no crime e na condenação de Jonatas Rodrigues Damazio a nove anos e quatro meses de reclusão.
Como aconteceu o crime
Segundo a acusação, o casal teria surpreendido a vítima na rua, armado com uma faca e um pedaço de madeira. Jonatas teria desferido uma facada no lado esquerdo do dorso de Cícero, atingindo seu rim, enquanto a mulher teria usado a madeira para golpear a cabeça da vítima.
Mesmo socorrido com vida e submetido a uma cirurgia de retirada do órgão lesionado, Cícero faleceu dias depois, em decorrência de complicações relacionadas ao ferimento.
Decisão do Tribunal do Júri
Durante o julgamento, o Conselho de Sentença optou por absolver a mulher, entendendo que sua conduta não teve relação direta com a morte de Cícero.
Já Jonatas foi considerado culpado pelo homicídio, com reconhecimento de uma qualificadora por meio cruel, devido à gravidade da lesão. No entanto, os jurados rejeitaram a qualificadora de “recurso que dificultou a defesa da vítima”. Além disso, aceitaram o argumento de que o crime foi cometido sob “violenta emoção”, provocada por uma suposta ofensa anterior, o que reduziu a pena aplicada.
Sentença e possíveis recursos
Jonatas foi condenado a nove anos e quatro meses de prisão e permanece detido, embora possa recorrer da decisão. A mulher, por sua vez, teve a liberdade decretada após o anúncio do veredicto.
O Ministério Público ainda pode recorrer tanto para solicitar um novo julgamento referente à mulher quanto para tentar aumentar a pena de Jonatas.