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OPERAÇÃO SINDOOR

Índia ataca Paquistão após massacre de turistas na Caxemira

Nova ofensiva militar agrava tensão entre potências nucleares vizinhas
Foto: EPA/Hammad Khan Farooqi/Agência Lusa
Foto: EPA/Hammad Khan Farooqi/Agência Lusa

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A Índia realizou nesta quarta-feira (8) ataques aéreos e de artilharia contra nove alvos localizados no Paquistão e na Caxemira paquistanesa, matando ao menos três pessoas e deixando 12 feridos. A ação, chamada de Operação Sindoor, ocorreu após o assassinato de 26 turistas hindus em um atentado no mês passado, na Caxemira indiana — o pior ataque contra civis no país em quase duas décadas.

Segundo o governo indiano, os alvos eram “infraestruturas terroristas” de onde foram planejadas ações contra seu território. Em resposta, o Paquistão afirmou que os locais atingidos eram civis, incluindo duas mesquitas, e prometeu reagir.

Os combates marcaram os piores confrontos entre os dois países em anos. Testemunhas relataram intensas explosões, troca de tiros e voos de jatos militares ao longo da fronteira disputada na Caxemira. Em Muzaffarabad, capital da região paquistanesa, houve quedas de energia após as explosões.

A Índia ressaltou que evitou atingir instalações militares paquistanesas e que conduziu ataques “focados, moderados e não escalonados”. Já o Paquistão negou qualquer envolvimento no atentado de abril e afirmou que a ofensiva indiana partiu de seu próprio espaço aéreo.

O primeiro-ministro paquistanês, Shehbaz Sharif, declarou estado de emergência na província de Punjab, e os hospitais foram colocados em alerta máximo. A comunidade internacional acompanha a escalada com preocupação. O ex-presidente dos EUA, Donald Trump, classificou a situação como “uma vergonha” e pediu fim imediato aos confrontos.

A escolha do nome Sindoor — pigmento usado por mulheres hindus casadas — carrega um simbolismo forte: segundo o governo indiano, a ofensiva é uma resposta direta ao massacre em Pahalgam, que deixou dezenas de viúvas.

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