O estado de saúde de Hélio Pereira de Araújo, de 60 anos, é gravíssimo após ter cerca de 60% do corpo queimado em circunstâncias ainda sob investigação da Polícia Civil. O crime ocorreu na madrugada de domingo (26), na Vila Rebelo, em Garça, mas só foi descoberto por familiares e pelas autoridades no dia seguinte.
Imagens de câmeras de segurança foram essenciais para reconstruir parte dos acontecimentos. Os registros mostram que Hélio foi carregado nos braços por um homem até sua residência, na Rua Paraíba. Posteriormente, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado e realizou o resgate.
Pouco antes, um grupo de pelo menos quatro pessoas foi visto próximo ao local onde a vítima foi socorrida. Entre elas, um indivíduo segurava um galão de combustível, o que levanta suspeitas sobre a premeditação do crime.
A hospitalização de Hélio só foi descoberta quando seu irmão, ao visitá-lo no dia seguinte, soube por vizinhos que ele havia sido socorrido em estado grave. No hospital, recebeu a confirmação do quadro crítico do familiar. Em busca de respostas, retornou ao bairro, conseguiu acesso às imagens das câmeras de segurança e levou o material à Polícia Civil para formalizar a denúncia.
Prisão e investigação
O delegado Adriano Marreiro determinou a reclassificação do caso, alterando a tipificação de lesão corporal para tentativa de homicídio. Dois suspeitos, um mecânico de 51 anos e um servente de 46, chegaram a ser presos por envolvimento no crime. No entanto, após passarem por audiência de custódia, foram liberados e responderão ao processo em liberdade.
A investigação segue em andamento para esclarecer a motivação do ataque e identificar todos os envolvidos.
