Um homem de 30 anos foi preso em flagrante nesta quarta-feira (26), em Marília, após tentar agredir a esposa na saída da Central de Polícia Judiciária (CPJ), enquanto ela solicitava medidas protetivas por conta de agressões anteriores. A vítima, uma pedagoga de 28 anos, relatou um relacionamento marcado por episódios de violência, perseguição e ameaças. O casal tem uma filha de apenas 11 meses.
O relacionamento, que já dura sete anos, foi descrito pela pedagoga como abusivo, com agressões constantes desde 2023. Ela relatou que as violências se intensificaram nas últimas semanas, especialmente após manifestar seu desejo de separação.
Segundo a vítima, a situação tornou-se insuportável na manhã desta quarta-feira, quando, ao recusar um beijo do marido, foi brutalmente atacada com socos, tapas e puxões de cabelo. O agressor chegou a imobilizá-la, sentando sobre seu corpo enquanto proferia ameaças. Durante o ataque, ele declarou que não aceitaria a separação e afirmou que “iria atrás dela até no inferno”.
A pedagoga também relatou um episódio grave durante a gravidez, em que foi empurrada contra uma pia e desmaiou, acreditando que essa violência possa ter causado o nascimento prematuro da filha. No entanto, na época, ela não registrou ocorrência.
Após sofrer novas agressões, a vítima procurou a Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) e solicitou medidas protetivas de urgência. Enquanto era atendida no local, o marido chegou à delegacia e, à espreita, aguardou que ela saísse do prédio.
Ao vê-la, ele tentou atacá-la novamente, mas a vítima correu para dentro da unidade policial. Nesse momento, uma servidora da delegacia agiu rapidamente, acionando policiais da Delegacia de Investigações Gerais (DIG), que impediram a fuga e prenderam o agressor em flagrante.
O homem foi detido e responderá pelos crimes de lesão corporal e ameaça, com base na Lei Maria da Penha. Ele segue sob custódia na Central de Polícia Judiciária, à disposição da Justiça.
Violência doméstica e a importância da denúncia
Casos como este reforçam a importância de denunciar situações de violência doméstica. A Lei Maria da Penha oferece mecanismos de proteção às vítimas, como medidas protetivas e suporte policial. Quem presencia ou vive uma situação de violência pode acionar o número 180 ou procurar a delegacia mais próxima para registrar a ocorrência e buscar proteção.
