O FBI e o Departamento de Justiça dos Estados Unidos estão conduzindo uma investigação detalhada sobre a disseminação de mensagens de texto racistas enviadas em massa para pessoas negras após as eleições presidenciais. Essas mensagens, que continham referências explícitas à escravidão e orientações para embarcar em um suposto “ônibus para uma plantação de algodão”, foram dirigidas a homens, mulheres e até crianças. A Comissão Federal de Comunicações (FCC) também se envolveu no caso, trabalhando em conjunto com autoridades federais e estaduais para apurar os fatos.
A procuradora-geral da Louisiana, Liz Murrill, afirmou que os responsáveis utilizaram um serviço de VPN para ocultar a origem das mensagens, complicando o rastreamento dos remetentes. Em Maryland, o procurador-geral Anthony Brown destacou a gravidade do ataque, mencionando que diversas mensagens incluíam os nomes das crianças que as receberam, aumentando a preocupação com a exposição de dados pessoais.
As operadoras de telefonia, como AT&T e Verizon, notificaram a CTIA, associação que representa a indústria de telecomunicações sem fio, sobre o incidente. Ambas as empresas estão colaborando para mitigar o problema, bloqueando as mensagens e rastreando os números envolvidos.
Cori Faklaris, professora da Universidade da Carolina do Norte, sugeriu que os responsáveis possam ter obtido dados pessoais dos alvos por meio da compra de pacotes de informações disponíveis na internet, o que levanta questões sobre a segurança dos dados e a vulnerabilidade de informações privadas em redes digitais.