O ex-presidente da Apae de Bauru, Roberto Franceschetti Filho, e o ex-auxiliar de almoxarifado Dilomar Batista enfrentarão júri popular, acusados de envolvimento no desaparecimento e morte de Cláudia Lobo, ex-secretária da instituição. A decisão foi proferida nesta terça-feira (25) pelo juiz Fábio Correia Bonini, da 4ª Vara Criminal de Bauru.
Acusações e prisão
Roberto Franceschetti responde por homicídio qualificado e ocultação de cadáver e está preso desde 15 de agosto de 2024, após ser apontado como o principal suspeito no desaparecimento de Cláudia, que foi vista pela última vez no dia 8 de agosto de 2024.
Dilomar Batista, que responde em liberdade, foi denunciado por ocultação de cadáver e fraude processual. Durante as audiências realizadas em janeiro, ele confirmou sua participação na ocultação do corpo da vítima.
Defesa e posicionamento
A defesa de Roberto Franceschetti afirmou que o julgamento em júri popular já era esperado, mas argumenta que não há provas concretas de que Cláudia esteja morta, uma vez que o corpo não foi encontrado. A equipe jurídica está analisando a possibilidade de recorrer da decisão.
Já a defesa de Dilomar Batista informou que não irá recorrer e já reconheceu a sentença.
Esquema milionário de desvio de verbas
Além das acusações pelo assassinato de Cláudia, Roberto Franceschetti também é investigado por suposto envolvimento em um esquema de desvio milionário de verbas da Apae de Bauru, apontado como o possível motivo do crime.
A Polícia Civil, por meio do Seccold (Setor Especializado no Combate à Lavagem de Dinheiro), e o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) seguem investigando o caso, que já resultou na prisão de nove pessoas. Outras quatro seguem sob investigação.
O Gaeco estima um desvio de R$ 10 milhões e pediu o ressarcimento do montante aos suspeitos.