A Defensoria Pública do Estado de São Paulo protocolou pedido na Justiça de Marília para suspender a reintegração de posse da área ferroviária ocupada por camelôs no Centro da cidade. A ação busca impedir que dezenas de comerciantes sejam removidos da faixa pertencente à União, atualmente sob concessão da Rumo Malha Paulista.
A decisão liminar obriga a desocupação da área anexa ao Camelódromo Municipal, onde há lojas montadas sobre os trilhos desativados. A Defensoria argumenta que os camelôs estão em situação de vulnerabilidade e não foram representados no processo.
No documento enviado ao juiz, o órgão afirma que a medida, se mantida, pode causar danos irreparáveis, já que muitos dos comerciantes dependem exclusivamente do local para garantir o sustento de suas famílias. Além disso, a Defensoria contesta a ausência de sua participação na fase inicial da ação judicial.
A Justiça de Marília ainda não se manifestou sobre o novo pedido. O processo segue concluso para sentença, e a decisão pode ser proferida a qualquer momento.
Enquanto isso, a Prefeitura informou estar avaliando alternativas para realocar os comerciantes. Já a Rumo alegou que havia um acordo para saída voluntária até janeiro de 2025, que não foi cumprido.