O Corinthians foi condenado pela FIFA em processos relacionados às contratações do meia Rodrigo Garro e do zagueiro Félix Torres, ambas realizadas em 2024. As decisões, divulgadas nesta segunda-feira (3), determinam que o clube pague um total de aproximadamente R$ 55 milhões na cotação atual.
A entidade máxima do futebol estabeleceu um prazo de 45 dias para o pagamento das dívidas. Caso o Corinthians não cumpra a determinação, poderá sofrer um “transfer ban”, ficando proibido de registrar novos jogadores por três janelas de transferências. No entanto, como o clube recorreu à Corte Arbitral do Esporte (CAS), a punição ainda não foi aplicada. Até o momento, a diretoria alvinegra não se pronunciou sobre o caso.
Caso Rodrigo Garro
A disputa entre Corinthians e Talleres, da Argentina, teve início em janeiro de 2024. O clube argentino exigia o pagamento de 612 mil dólares referentes a despesas operacionais e impostos da transferência do meia, valor que o Corinthians contestava. O Timão já havia pago 4 milhões de dólares à vista pela negociação, o equivalente a cerca de R$ 20,1 milhões na cotação da época.
Em junho do mesmo ano, o Talleres acionou a FIFA cobrando mais 3 milhões de dólares, referentes a prestações futuras do contrato. Três meses depois, a entidade deu ganho de causa ao clube argentino, condenando o Corinthians a pagar 3,6 milhões de dólares, acrescidos de juros de 18% ao ano desde janeiro de 2024. Além disso, o Timão terá que arcar com uma indenização de 722,4 mil dólares.
Caso Félix Torres
O zagueiro equatoriano foi contratado junto ao Santos Laguna, do México, por 6,5 milhões de dólares. No entanto, o Corinthians quitou apenas a primeira parcela, no valor de 2 milhões de dólares, deixando de pagar a segunda, que venceu em maio de 2024.
Diante do atraso, o clube mexicano recorreu à FIFA, cobrando as cinco prestações restantes, que venceriam entre 2024 e 2026. O Corinthians foi condenado a pagar os 4,5 milhões de dólares pendentes, acrescidos de juros de 18% ao ano, além de uma multa de 675 mil dólares.
Com essas decisões, a diretoria do clube paulista terá que buscar soluções financeiras para evitar sanções da FIFA e regularizar as pendências com os clubes credores.
