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SAÚDE PÚBLICA

Casos de febre de oropouche aumentam em São Paulo e já somam 44 registros em 2025

Doença viral semelhante à dengue preocupa autoridades; litoral e Vale do Ribeira concentram ocorrências
Foto: Divulgação/Sociedade Brasileira de medicina tropical
Foto: Divulgação/Sociedade Brasileira de medicina tropical

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O estado de São Paulo já confirmou 44 casos de febre de oropouche em 2025, de acordo com o Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE). A maioria das ocorrências se concentra nas regiões de Registro — incluindo Cajati, Juquiá, Miracatu, Eldorado, Pedro de Toledo, Itariri e Sete Barras — e no litoral Norte, especialmente Ubatuba. Uma possível morte relacionada à doença está sendo investigada.

Para efeito de comparação, em todo o ano passado foram registrados apenas oito casos, todos localizados no Vale do Ribeira e sem registro de óbitos.

A febre de oropouche é causada por um arbovírus do gênero Orthobunyavirus, identificado pela primeira vez no Brasil em 1960. Desde então, o país já registrou surtos, especialmente na região amazônica, considerada endêmica para a doença.

Segundo dados do Ministério da Saúde, o Brasil já acumula 13.782 casos da febre de oropouche em 2024. Em 2025, o número já ultrapassa 2.790 registros. Os sintomas, bastante semelhantes aos da dengue, incluem dor de cabeça intensa, dores musculares, náusea, diarreia, tontura, dor atrás dos olhos e calafrios.

A transmissão ocorre principalmente por meio do Culicoides paraensis, também conhecido como maruim ou mosquito-pólvora. Esse inseto pode contrair o vírus ao picar um animal ou pessoa infectada e, após alguns dias, repassá-lo a um hospedeiro saudável. Há também registros de transmissão por outros insetos, como Coquillettidia venezuelensis e Aedes serratus.

A doença segue dois ciclos de transmissão distintos. No ciclo silvestre, os hospedeiros são animais como bichos-preguiça, primatas e possivelmente aves e roedores. Já no ciclo urbano, os humanos se tornam os principais hospedeiros, e além do maruim, o pernilongo comum (Culex quinquefasciatus) também pode transmitir o vírus.

Casos de dengue continuam altos na capital

Enquanto isso, a capital paulista enfrenta outro desafio: os casos de dengue já somam 46.774 em 2025, com 14 mortes confirmadas. A Secretaria Municipal da Saúde, por meio da Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa), afirma manter ações diárias de combate ao mosquito transmissor.

Somente este ano, a prefeitura já realizou mais de 5,6 milhões de ações de prevenção, incluindo visitas domiciliares, bloqueio de criadouros, nebulizações, aplicação de larvicidas em pontos estratégicos e uso de drones em áreas de difícil acesso. Também foram promovidas campanhas educativas para alertar a população.

Durante os fins de semana de maio e no feriado prolongado, mais de 93 mil imóveis passaram por inspeções, e 6.200 quarteirões receberam nebulizações. As ações cobriram todas as regiões da cidade, com foco nos distritos com maior número de casos.

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