Mais de 400 pessoas morreram em ataques israelenses na Faixa de Gaza, de acordo com autoridades palestinas, nesta terça-feira (18). A ofensiva ocorre após o fracasso das negociações para estender um cessar-fogo iniciado em janeiro.
O Ministério da Saúde de Gaza, administrado pelo Hamas, informou que 404 pessoas foram mortas, incluindo crianças, e 562 ficaram feridas.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou ter ordenado “medidas enérgicas” contra o Hamas, citando a recusa do grupo em libertar reféns e aceitar um novo acordo de trégua.
Ataques se intensificam em Gaza
Bombardeios atingiram casas e acampamentos em várias áreas do enclave palestino, enquanto tanques israelenses avançaram pelo leste e sul do território.
Moradores relataram o retorno da violência.
“Foi uma noite de inferno. Pensamos que tinha acabado, mas a guerra voltou”, disse Rabiha Jamal, de 65 anos, residente na Cidade de Gaza.
Hospitais sobrecarregados enfrentam um cenário caótico, com corpos amontoados e equipes médicas sem recursos para atender os feridos.
Israel e EUA justificam ofensiva
O Exército de Israel informou que atingiu dezenas de alvos e que as operações militares continuarão.
O governo dos Estados Unidos confirmou que Israel consultou Washington antes da ofensiva.
“O Hamas poderia ter liberado os reféns para estender o cessar-fogo, mas optou pela recusa e pela guerra”, disse Brian Hughes, porta-voz da Casa Branca.
Entre os mortos, está Mohammad Al-Jmasi, membro sênior do Hamas, além de sua família. Cinco líderes do grupo foram mortos nos ataques.
Críticas internacionais
O chefe de direitos humanos da ONU, Volker Turk, condenou os ataques israelenses, classificando-os como “tragédia sobre tragédia”.
“O uso de ainda mais força militar só trará mais sofrimento a uma população que já vive em condições catastróficas.”
O Egito, um dos mediadores do cessar-fogo, pediu moderação e alertou para o risco de escalada do conflito.
Enquanto isso, Israel reforçou abrigos em Tel Aviv, preparando-se para possíveis retaliações do Hamas ou de grupos aliados no Líbano e Iêmen.